Quanto vale o meu trabalho?

Você é aa17utônomo, recebe o pedido de orçamento de um determinado trabalho e fica se perguntando “quanto devo cobrar?!”. É melhor não se desesperar. A dúvida é muito comum em várias carreiras, principalmente para quem está na carreira freelancer há pouco tempo. Na locução publicitária não é diferente, ainda mais para quem não tem ligações diretas com as agências de publicidade, o dilema torna-se ainda mais perturbador.

 No caso específico da locução publicitária, é preciso ter consciência de que não existe uma fórmula como em muitos negócios: custo + despesas + lucro = preço final. A imprecisão é mais presente porque geralmente cada trabalho é um trabalho novo, muitas vezes único. Não adianta contar apenas os segundos ou minutos que o trabalho final vai somar. É preciso levar em conta todo o processo de produção. Uns exigem mais do locutor, outros menos, e nisso mora a dificuldade de se manter uma tabela de preços; um preço – digamos, justo para os dois lados, pois não dá para fugir da realidade, principalmente se estivermos falando do mercado brasileiro.

Um detalhe sempre observado é que muitas pessoas têm medo de estarem cobrando acima do preço de mercado, ou aquém, o que, de certa forma, pode desvalorizar o profissional. O que é muito válido em meio a esse conflito é partir para a experiência de cada um, por isso é importante manter atualizada uma agenda de serviços prestados, que contenha informações sobre o trabalho desenvolvido e o valor cobrado por cada tipo de produção, dessa forma, é possível estabelecer uma comparação entre os valores cobrados por cada projeto, época em que o serviço foi feito e para qual tipo de cliente ele foi destinado.

Quando os clientes são clientes fidelizados, ou seja, solicitam seus serviços com frequência, fica mais fácil negociar, uma vez que ele já sabe a média de preço sugerido por você e, nesse caso, já tem consciência dos valores de acordo com os que você vem trabalhando com eles. Descontos, facilidades, sendo possíveis, sempre são bem vistos.

Uma informação extremamente importante é que o valor cobrado está diretamente ligado com as estratégias mercadológicas por você adotadas. Vale sondar os valores cobrados por outros colegas de trabalho - não para você baixar ou aumentar o preço dos seus serviços, mas para comparar. Caso seu concorrente esteja apostando em um preço mais reduzido, você pode fazer diferente e tentar vender mais caro, mas com mais qualidade, obviamente. Isso não é antiético. Faz parte das estratégias de mercado. Isso chama-se pesquisa de mercado.

Em outros artigos aqui e aqui, falamos sobre o cachê ideal e listamos uma série de pontos que devem ser levados em conta na hora de determinar o valor do seu trabalho. Por exemplo:

- O estúdio é seu ou é terceirizado?

- Quais são as exigências do seu cliente?

- Que equipamentos que você está usando?

- Seu trabalho será veiculado na capital ou interior?

Tudo isso conta muito na hora de definir o preço, até porque, vale salientar, que há muita coisa 'dentro' do cachê cobrado e o maior engano de quem pretende começar uma carreira de locutor é pensar que não precisa de dinheiro para investir, já que a voz é o que se vai vender… em outro artigo, falamos sobre “como perder R$ 5 em um minuto” veja nele que tempo é e sempre vale dinheiro!

Na realidade, não é fácil encontrar o preço ideal para o seu trabalho, principalmente em uma sociedade onde estamos acostumados a receber de acordo com o que podem nos oferecer, mas é de suma importância aprender a dar valor aos seus esforços e à dedicação que você deposita em seus trabalhos. A única pessoa que pode determinar o preço do seu suor é você mesmo.

E você, o que leva em conta na hora de cobrar pelos seus serviços? Compartilhe conosco as suas dicas para obter um cachê digno e ideal. 

Até a próxima!

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